domingo, 20 de dezembro de 2009

12. Eros e Psique no vórtice da dança.

No mural do piso superior, em correspondência directa com o par abraçado no barco, descobre-se um par dançante, em bicos de pés, envolvido num mesmo xaile cor violeta.


100. José de Almada Negreiros, Dança e Circo, pormenor da varanda do 2º piso da Casa da Rua de Alcolena. Fotografia©Paulo Cintra, Novembro 2008, publicada em Barbara Aniello, As metamorfoses de Psique na Cada da rua de Alcolena: em busca da obra de arte total, em Monumentos, revista semestral de edifícios e monumentos, nº 30, Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, Lisboa, Dezembro de 2009, pp. 106-113.
http://www.cidadaosporlisboa.org/imgs/imagens/1235081125H7pXU1sp9Hc61QV3.JPG (_CCC4650.tif)

Embora semi-ocultados pela manta e pela obscuridade da noite, reconhecemos tratar-se mais uma vez de Arlequim e Columbina, pelos inconfundíveis fatos de losangos e estrelas-pois.

Os rostos dos dois bailarinos fundem-se num único par andrógino, em exacta correspondência, no piso inferior, com o casal no barco. Aí Eros e Psique reuniam-se num ser único e completo, esquematizado na sombrinha, desenhada metade em gomos triangulares e outra metade em curva; aqui, neste par dançante, reencontramos o mesmo motivo geométrico no xaile, visualizando a perfeita síntese dos contrários.

101. e 102. José de Almada Negreiros, pormenor varanda do 1º e 2º piso da Casa da Rua de Alcolena. Fotografia©Paulo Cintra, Novembro 2008, publicadas em Barbara Aniello, As metamorfoses de Psique na Cada da rua de Alcolena: em busca da obra de arte total, em Monumentos, revista semestral de edifícios e monumentos, nº 30, Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, Lisboa, Dezembro de 2009, pp. 106-113.
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Para explicar a exegese da iconografia do Arlequim que Almada elege para a parte exotérica da casa, temos que recorrer novamente aos textos teatrais do artista:
Para eu não me perder de ti depois do palmo de areia entre as rochas fui pedir emprestado um fato à altura da bastança em que vivias com os teus. E com este fato vieram todas as mentiras da razão do emprestado. Foi a ti que eu menti? Não. Foi a mim? Também não. Foi ao mundo que não é ninguém. E menti por nós, por gente. Não se pode mentir a alguém, só pode mentir-se ao mundo. Ele é presunçoso: pouco lhe importa que a mentira seja ciência, ou poder, ou qualquer outra glória do mundo. Ele sabe que terá tudo menos verdade.[1]
Para viver no mundo, Eros precisa dum disfarce e, não por acaso, escolhe uma máscara da Commedia dell’arte que se serve da mentira como instrumento de sobrevivência entre os outros, “a gente”. Se o engano é ferramenta essencial para lidar com o mundo exterior, o Eros/Arlequim recomenda a honestidade interior:

A verdade é nossa, da gente, exactamente de cada um. A ti, mulher, sòzinha ou também minha, só te peço que nunca te mintas a ti mesma. Contra o mundo, contra quem for, contra mim mesmo, se o for, mente se preciso for para não te mentires a ti mesma.[2]
Nem o proprietário é alheio ao interesse pelo mundo circense representado nas paredes exteriores da casa:
quando eu era menino, o meu único vício era o circo e o fogo de artifício. Eu amava o espectáculo e vivia o espectáculo.[3]
As figuras da Commedia dell’arte, do Clown, da prostituta, assumem formas simbólicas na sua escrita:
Todos têm opinião sobre a vida e a morte. O clown di­verte. A sua opinião tem olhos para dentro. Ele é o coração do mundo. As crianças riem. A sua opinião tem olhos para fora. Os outros, os profissionais da vida, usam óculos escuros para disfarçar o sono. Não riem, nem choram, - bocejam. A sua opinião não tem olhos para dentro nem para fora…Mas a prostituta vê tudo. Vê para dentro, vê para fora. Contempla de Sírius o espectáculo dos homens e dos deuses. E o espírito crítico.[4]
O Clown, para José Manuel é um Todo, é a Unidade:
Diante do espelho, o clown não chora, nem ri. Espanta-se, confunde-se. Rigorosamente não pensa. Sente o circo dentro de si, - e não apenas o circo, mas o mundo todo, todas as crianças, todos os profissionais da vida, todas as prostitutas, todos os clowns. A máxima subjectividade é a máxima uni­versalidade.[5]
Esta Universalidade é o alvo da pesquisa de Almada

Tu sabes. O encontro total contigo mesmo é o encontro total com todos. Todas as perspectivas do homem, - todos os seus crimes, todas as suas virtudes, todos os seus erros, todas as suas verdades existem dentro de ti.[6]
Para o proprietário, a vida será uma comunhão e uma oferenda, os homens serão unidos por uma irmandade espiritual. Assim, em Polichinelo no circo, assiste-se quase a uma transfiguração mística do artista do circo, cujo corpo se torna pura luz, irradiante e deslumbrante, desatada pela sua nudez: Polichinelo “era o sol que nascia”.[7] Se antes assistíamos a uma ascensão mística de Arlequim, aqui com Polichinelo temos uma transfiguração. É interessante notar quantas imagens circenses ocorrem na trans-memória criativa do dono da Casa, rodeado no seu quotidiano por uma análoga iconografia.


103. José de Almada Negreiros, Circo, varanda do 2º piso da Casa da Rua de Alcolena. Fotografia©Paulo Cintra, Novembro 2008.
http://www.cidadaosporlisboa.org/imgs/imagens/1235081125H7pXU1sp9Hc61QV3.JPG (_CCC4650.tif)

Debaixo das máscaras da Commedia dell’arte, os arquétipos do feminino e do masculino andam, de vez em quando, a juntar-se e separar-se. Associados à figura do cavalo, numa pose acrobática, aqui o par, acabada a dança, exibe-se num número de circo, visível também no estudo preparatório da obra.


104. José de Almada Negreiros, Arlequim e bailarina, desenho preparatório para Circo, publicado no catálogo exposição Almada, a Cena do corpo, Exposição no Centro Cultural de Belém (de 27 de Outubro de 1993 a 15 de Janeiro 1994), Lisboa, 1993, p. 150, lápis sobre papel 500 x 325 mm., ass., n. dat., ded: para a Rusa 1° aniversario. Col. Rusa Bustorff Burnay, fotografia de Victor Branco e Campiso Rocha Henriques Ruas. Republicada em Sarah Afonso/Almada: exposição conjunta, catálogo a cura de Rui Mário Gonçalves, Miguel Torga, João Vasco, Arq. José de Almada Negreiros, Cascais, 1996, p. 185.

Como confessa Almada na entrevista do documentário José de Almada Negreiros: Vida e Obra,[8] o seu interesse pelo teatro, pela dança, pelo circo resume-se numa palavra: espectáculo. O que interessa ao artista não é o que vê, mas o acto de ver. “Ver, ver, ver!” repete obsessivamente o obcecado Almada, seduzido pelo espectáculo, metáfora da Vida.

A varanda deste segundo piso apresenta uma singular troca entre uma noite iluminada e um dia sombrio. A lua minguante surge numa porção de céu misteriosamente iluminada, ferindo com a sua luz brilhante a manta uniformemente escura da noite. Por sua vez, do lado sombrio, projecta-se um raio de luz, clareando as folhas da pérgula.


105. José de Almada Negreiros, Cabaret e Dança, pormenor da varanda do 2º piso da Casa da Rua de Alcolena. Fotografia©Paulo Cintra, Novembro 2008.
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Confrontando esta imagem com a planta da cobertura do terraço



106. António Varela, Obra 23293, Processo 2306/1955, Folha 4, Arquivo Municipal de Lisboa.

e com uma fotografia mais antiga da Casa, deduz-se que o tecto, posteriormente fechado, era originariamente aberto, a formar um jogo em trompe-l’œil e em continuidade com a pérgula.


107. José de Almada Negreiros, Cabaret, fotografia antiga da varanda do 2º piso da Casa da Rua de Alcolena, Fotografia©Paulo Cintra, Novembro 2008, espólio Varela.


108. Fotografia antiga da entrada do Jardim da Casa da Rua de Alcolena, Fotografia©Paulo Cintra, Novembro 2008, espólio Varela.

Um ulterior jogo de luz e sombra descobre-se no elemento plástico-arquitectónico da belíssima escada que conduz à cobertura do terraço, onde os paralelepípedos dos degraus, directamente encastoados na parede, sem corrimão, são vestígio duma sabedoria plenamente modernista de refinado design:


109. António Varela, Casa de Rua Alcolena, Escada de acesso à cobertura do Terraço, Fotografia©Paulo Cintra, Novembro 2008.


Esta dupla “chuva oblíqua” de sol, penetrando pelo terraço, pelas pérgulas verdadeira e fingida da varanda do andar de cima e pela pérgula da garagem, oferecia um autêntico divertissement entre o jogo da luz pintada e a luz natural. A esta chuva oblíqua de sol e de fogo responde, segundo Hugo Nazareth Fernandes, o desenho ziguezagueante das seis portadas em madeira da entrada da garagem, típico de Varela em outras obras, que poderá aludir simbolicamente ao arquétipo da água:


110. António Varela, Casa de Rua Alcolena, Porta da Garagem, Fotografia de Hugo Nazareth Fernandes.

O sol e a sombra alternadamente, dependendo da hora e da luz do dia, traçavam um duplo retículo sobre a grelha da pérgula, multiplicando, tal como o duplo xadrez, a impressão óptica da sobreposição das barras.

Olhando mais uma vez para o aspecto exterior da Casa (figs. 6, 7 e 106), reparamos num sábio jogo de Varela entre duplo e triplo: dois são os óculos da garagem, com janelas bipartidas em semi-luas e tripla a grade de ferro; seis as portadas de madeira, produto de dois por três, cujos ziguezagues são agrupáveis dois a dois

ou três a três 


duplo e simultaneamente triplo é o tapete de xadrez, cujo urdido é feito de duas ou três pedras alternadas na vertical, e cuja bicromia (pedra/relva, claro/escuro) é ambiguamente uma tricromia (pedra branca/pedra cinzenta/relva, claro/semi-escuro/escuro).

À varanda do segundo piso corresponde uma igualmente polícroma no primeiro.


111. José de Almada Negreiros, pormenor da varanda do 1º piso da Casa da Rua de Alcolena. Fotografia©Paulo Cintra, Novembro 2008.
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Aqui as figuras estão singularmente emolduradas por triângulos e quadrados. Se considerarmos apenas o cenário da composição, sem as suas representações, logo se formará diante dos nossos olhos a sensação dum sólido planificado. É exactamente a figura dum octaedro planificado, a que cobre as paredes desta mística varanda. A cifra do infinito é inscrita não só no casal a bordo do barco, mas também nas porções deste sólido em que se desfaz a varanda.

Se no piso de cima tínhamos o casal sentado na mesa de Cabaret, aqui temos o par semideitado à luz do sol que surge à janela. Em mística contemplação, mais uma vez, reduzidos a cilindros e esferas, encontramos o casal Arlequim/Columbina, nos habituais fatos estilizados, vestígios de pertença e identidade.


112. José de Almada Negreiros, pormenor da varanda do 1º piso da Casa da Rua de Alcolena. Fotografia©Paulo Cintra, Novembro 2008.
http://www.cidadaosporlisboa.org/imgs/imagens/1235081128W7uXO5am1Ri35HP1.JPG (_CCC4603.tif)

Seguindo o percurso do astro, reparamos, por cima do ângulo, do qual brota a árvore do Bem e do Mal (mais uma associação Columbina/Psique/Eva), no disco solar, à direita, coroado de andorinhas.

José Manuel é autor duma colectânea de poemas para uma andorinha chamada Astrid:[9]


113. José Manuel, capa para Poemas para uma andorinha chamada Astrid, Biblioteca Nacional de Lisboa, 1950, desenho do autor.

O terno animal é protagonista duma extraordinária aventura: ela, ressuscitando, supera a morte para se unir ao seu dono.
Puseram-na num caixãozinho de cartão
e levaram-na para dentro da terra
deitaram-lhe flores em cima
e foram-se
mas ela abriu as asas
sobrevoou a morte
e veio pousar dentro de mim[10]
Mais uma metáfora e metamorfose de Psique, que depois de ter conhecido “as entranhas da morte”, atinge a segunda união com Eros. Da queda para o voo. Da morte à ascensão.

Voltando à análise, assistimos a um esplêndido nocturno, onde a mulher se debruça da varanda e olha para uma lua incandescente entre as cortinas, quase uma Ísis helenístico-romana que se revela ao iniciado no meio da Noite e nos umbrais da Morte. Naturalmente vislumbra-se nela o mito transfigurado de Psique:[11]


114. José de Almada Negreiros, pormenor da varanda do 1º piso da Casa da Rua de Alcolena. Fotografia©Paulo Cintra, Novembro 2008.
http://www.cidadaosporlisboa.org/imgs/imagens/1235081128W7uXO5am1Ri35HP1.JPG (_CCC4605.tif)

Em particular, esta “lua solar” contemplada pela alma é o místico sol de meia-noite que aparece ao iniciado nos mistérios de Ísis:

Cheguei aos confins da morte, e tendo marchado sobre o limiar de Prosérpina, voltei dali conduzido através de todos os elementos. À meia-noite vi o Sol cintilando com cândida luz, cheguei à presença dos deuses celestes e I infernais e adorei-os de perto.[12]
Este diálogo silencioso de Psique com a lua-sol parece ter um reflexo na escrita dos colaboradores de Eros.

Sou nova, amanhecida quase.
Todas as noites transfiguro tudo,
Todos os dias recomeço tudo.[13]
E finalmente encontramos Psique na sua Apoteose
E quando neste vale encontra um palá­cio construído por mãos mais que humanas, calca aos pés pedras preciosas e é servida por vozes incorpóreas, o autor quer dizer-nos nesta pintura, que a alma enquanto for inocente e pura de toda a mancha terrestre, go­zará de todo o género de felicidades, terá os astros a seus pés, e será servida por anjos invisíveis de que, segundo a doutrina de Platão, todo o ar está cheio, para a acompanharem e servirem.[14]
As pedras preciosas, pintadas por Almada em forma de cristais pentagonais, deixam entrever, por baixo, a já comentada queda duma dupla figura icariana, masculina e feminina, reconhecível pelos fatos a losangos e pois, mesmo ao lado do encontro entre Eros e Psique no barco, visualização da fórmula andrógina. Assim, a queda do casal aproxima-se da sua regeneração, a punição associa-se à expiação e, depois da separação, Arlequim e Columbina, ou seja Eros e Psique, alcançam a fusão.


115. José de Almada Negreiros, pormenor do desenho preparatório para a varanda do 1º piso da Casa da Rua de Alcolena. Fotografia Gestifer, publicado em Burlamaqui, Suraya, Cerâmica mural portuguesa contemporânea: azulejos, placas e relevos, Quetzal editores, Lisboa, 1996, p. 37.

Nas suas metamorfoses, Psique encarna várias vidas e várias identidades, de acordo com os protagonistas da escrita do comitente. Em particular, no poema A princezinha, encontram-se vários temas que fazem deste poema um d’après da moradia



116. José Manuel, capa para Princezinha descalsa, Biblioteca Nacional de Lisboa, 1952, desenho do autor.

Desenhada como Psique, com asas de pássaro, esta princesinha cumpre no poema uma simbólica viagem, começando pela união com o amado, a meio caminho entre a comunhão mística e o vampirismo.

aproximou-se de mim enquanto eu dormia e abraçou-me tinha fome tinha sede tinha frio
alimentou-se da minha carne bebeu o meu sangue vestiu-se com o meu corpo
depois quando me abandonou eu estava morto
mas ela continuou a minha vida
através da minha carne do meu sangue do meu corpo através do meu sonho o advento

depois duma viagem colheu-a o sono, durante 7 simbólicos dias, o oitavo, tornou-se estátua de sal passando pelo esquecimento, relembrou-se do passado e sofreu o chamamento da morte, morreu segunda vez, superando varias tentativas e obstáculos.
Significativa é a apóstrofe final do poeta à figura feminina:

princezinha descalça que loucura te cegou?
porque não ficaste em mim comigo toda a vida?
porque quiseste ir além da minha morte?[15]
A identificação entre Psique e a Princezinha ultrapassa a iconografia do desenho, vislumbrando-se no binómio cegueira-morte, na fusão com o amado e na renascença além da morte, a hipótese dum mais que experimentado processo ekphrástico. Sinal de que o proprietário, enquanto compunha os seus versos, reflectia sobre o vitral e sobre as outras obras das quais estava rodeado.

No fim deste roteiro, no lado Sudoeste da Casa, não resta que sublinhar mais uma astúcia de Almada. A disposição dos azulejos é forjada de tal modo que os temas, aparentemente variados, se reduzem, na realidade, a um só: a união do feminino e do masculino. Por um lado, esta união é personificada pela Maternidade e Paternidade, na varanda do andar de cima à esquerda, e pelo casal, primeiro separado e depois abraçado no barco, na varanda do andar de baixo à direita. Por outro lado, a união é encarnada pelo Arlequim e Columbina que, no andar de baixo, emolduram respectivamente à direita e à esquerda a cena correspondente, no andar de cima, ao Cabaret, à Dança e ao Circo. A composição, na sua totalidade, aparenta ser um quiasmo, dispondo-se, os quatro temas, em forma cruzada e simétrica, agrupados dois a dois, segundo o esquema gráfico da letra grega “χ”.

[1] José de Almada Negreiros, O mito de Psique, op. cit., p. 179.
[2] Idem.
[3] José Manuel, Alquimia do sonho, op. cit., p. 27.
[4] José Manuel, O Clown e a Prostituta, dedicado a Vittorio de Sica, in Eros V-VI (Outubro 1953), op. cit.
[5] Ibidem.
[6] Ibidem.
[7] José Manuel, Polichinelo no circo, in Eros V-VI (Outubro 1953), op. cit.
[8] O documentário, que contém uma visita às reservas do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian guiada por Jorge Molder, foi transmitido pelo Canal 2 da RTP, no dia 12 de Junho de 2000 no âmbito do programa Acontece.
[9] José Manuel, Poemas para uma andorinha chamada Astrid, Tip. Ideal, Lisboa, 1960.
[10] Ibidem, p. 5.
[11] Eudoro de Sousa, op. cit., pp. 1-17.
[12] José Manuel, Alquimia do sonho, op. cit., p. 19.
[13] Maria Pilar López, Poemas, in Eros, VII Antologia contemporânea (Novembro 1954), op. cit., VII, 1.
[14] Eudoro de Sousa, op. cit., p. 8.
[15] José Manuel, Princesinha descalça, Lisboa, op. cit., p. 22.

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